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Saiu no Jornal, O Brasil descobre o audiolivro

Hoje eu estou começando uma experiência para gerar conteúdo em português para o LingQ. A idéia é fazer pequenos textos comentando sobre coisas que eu encontro nos jornais e revistas brasileiros e que por algum motivo me chamam a atenção. Nessa semana eu li na revista IstoÉ uma reportagem muito interessante sobre o aumento do uso de audiolivros no Brasil. A reportagem sugere que a maioria das pessoas que hoje usam audiolivros são empresários, profissionais liberais ou estudantes. Achei muito engraçado um sujeito dizendo que o audiolivro ajuda a desligar das coisas "chatas" da vida: supermercado, academia... Tem também uma foto de um rapaz ouvindo um audiolivro no metrô. Eu já tentei fazer isso dentro do ônibus, mas é muito barulhento, não funciona muito bem. Então eu prefiro usar o meu mp3 quando estou à pé ou de carro. Na reportagem a quantidade de consumidores de audiolivros no Brasil é comparada com a dos Estados Unidos. No Brasil, 2% das população adulta ouviu um audiolivro no ano passado, contra 28% da população americana. Eu achei uma comparação meio sem sentido. Afinal, a população americana é maior que a brasileira, e tem um nível de escolaridade mais alto, além de uma renda maior também. De qualquer forma, parece que a coisa está aumentando rapidamente: as vendas da principal loja de audiolivros brasileira aumentaram 150% no ano passado. Mesmo assim, alguns consumidores reclamam da falta de títulos interessantes. Outros reclamam da qualidade das gravações. Um quadro mostra os audiolivros mais vendidos atualmente, e uma coisa interessante que eu percebi é que alguns deles são lidos por atores famosos: Paulo Autran (falecido recentemente) e Othon Bastos são dois que eu me lembro agora. Eu comecei lendo essa reportagem na expectativa de que eles falessem das possibilidades dos audiolivros para o aprendizado de línguas, mas o máximo que tinha lá era uma frase "reclamando" que havia muita coisa em línguas estrangeiras mas pouca em português. Eu, particularmente adoro isso. Afinal, no meu mp3, é muito raro entrar alguma coisa em português. Estudando inglês e francês, não dá tempo! No final, a reportagem fala de um professor USP opinando que essa tendência acaba aumentando a solidão das pessoas. Eu sinceramente não entendi o raciocínio desse cara: para mim, livro escrito é uma vivência tão individual quanto o audiolivro. Por isso eu não acredito que o audiolivro vá aumentar a solidão de ninguém, mas sim ajudar as pessoas a conhecer mais literatura, aproveitando o tempo "morto" do dia-à-dia. Bem, por hoje é só. Se você quiser ler a reportagem original e tirar as suas proprias conclusões eu deixo aqui o link. http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2033/livro-no-ipod-a-moda-e-rechear-o-tocador-de-105643-1.htm

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Hoje eu estou começando uma experiência para gerar conteúdo em português para o LingQ. A idéia é fazer pequenos textos comentando sobre coisas que eu encontro nos jornais e revistas brasileiros e que por algum motivo me chamam a atenção.
Nessa semana eu li na revista IstoÉ uma reportagem muito interessante sobre o aumento do uso de audiolivros no Brasil. A reportagem sugere que a maioria das pessoas que hoje usam audiolivros são empresários, profissionais liberais ou estudantes.
Achei muito engraçado um sujeito dizendo que o audiolivro ajuda a desligar das coisas "chatas" da vida: supermercado, academia...
Tem também uma foto de um rapaz ouvindo um audiolivro no metrô. Eu já tentei fazer isso dentro do ônibus, mas é muito barulhento, não funciona muito bem. Então eu prefiro usar o meu mp3 quando estou à pé ou de carro.
Na reportagem a quantidade de consumidores de audiolivros no Brasil é comparada com a dos Estados Unidos. No Brasil, 2% das população adulta ouviu um audiolivro no ano passado, contra 28% da população americana. Eu achei uma comparação meio sem sentido. Afinal, a população americana é maior que a brasileira, e tem um nível de escolaridade mais alto, além de uma renda maior também.
De qualquer forma, parece que a coisa está aumentando rapidamente: as vendas da principal loja de audiolivros brasileira aumentaram 150% no ano passado. Mesmo assim, alguns consumidores reclamam da falta de títulos interessantes. Outros reclamam da qualidade das gravações. Um quadro mostra os audiolivros mais vendidos atualmente, e uma coisa interessante que eu percebi é que alguns deles são lidos por atores famosos: Paulo Autran (falecido recentemente) e Othon Bastos são dois que eu me lembro agora.
Eu comecei lendo essa reportagem na expectativa de que eles falessem das possibilidades dos audiolivros para o aprendizado de línguas, mas o máximo que tinha lá era uma frase "reclamando" que havia muita coisa em línguas estrangeiras mas pouca em português.
Eu, particularmente adoro isso. Afinal, no meu mp3, é muito raro entrar alguma coisa em português. Estudando inglês e francês, não dá tempo!
No final, a reportagem fala de um professor USP opinando que essa tendência acaba aumentando a solidão das pessoas. Eu sinceramente não entendi o raciocínio desse cara: para mim, livro escrito é uma vivência tão individual quanto o audiolivro. Por isso eu não acredito que o audiolivro vá aumentar a solidão de ninguém, mas sim ajudar as pessoas a conhecer mais literatura, aproveitando o tempo "morto" do dia-à-dia.
Bem, por hoje é só. Se você quiser ler a reportagem original e tirar as suas proprias conclusões eu deixo aqui o link.
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2033/livro-no-ipod-a-moda-e-rechear-o-tocador-de-105643-1.htm