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Notícias, Organizações ambientalistas querem que a PEC do Cerrado seja votada ainda este ano

Organizações ambientalistas estão mobilizadas para convencer as lideranças partidárias da Câmara a votar, até o fim do ano, a PEC 115, conhecida como PEC do Cerrado.

A proposta de emenda constitucional reconhece o Cerrado e a Caatinga como patrimônios nacionais, assim como já o são a Floresta Amazônia, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal e a Zona Costeira.

Na última quarta-feira, uma caravana de entidades de defesa do Cerrado entregou ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, um documento com mais de 50 mil assinaturas favoráveis à aprovação da PEC, em tramitação há mais de 12 anos.

O bispo emérito de Goiás, Dom Thomaz Balduíno, estava no grupo. Ele explicou que a entrega do abaixo-assinado foi um ato simbólico e que o trabalho principal é fazer uma ampla mobilização para enfrentar as resistências à proposta, principalmente de representantes do agronegócio.

"Nós temos um problema desde o tempo da Constituinte. Nós não conseguimos a reforma agrária por causa de uma certa bancada. Eu acho que uma PEC como essa, ela tem a parte de mobilização, mas tem também a guerra contrária. E a correlação de forças aí qual vai ser? Eu acho que temos que fortalecer cada vez mais a opinião pública de todo o país, além dos 11 estados do cerrado, para que seja uma questão irrespondível, tem que fazer mesmo, não pode tergiversar" O presidente da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Sarney Filho, do PV do Maranhão, avalia que as resistências à PEC se devem a um entendimento equivocado da medida. "Nós acreditamos que essa proposta será vencedora, embora haja uma oposição dos setores ruralistas, principalmente aqueles segmentos que são ligados à pecuária e ao agronegócio, plantio de soja. Eles entendem equivocadamente que o fato de colocar o Cerrado e a Caatinga como patrimônio do Brasil na Constituição acarretaria empecilhos ao plantio dessas culturas. Não vai ocorrer isso, isso não ocorre automaticamente, isso não gera obrigações imediatas. É um equívoco. Isso apenas dá simbolicamente um status elevado ao Cerrado." O Cerrado é considerada a mais rica entre as savanas do mundo, com mais de seis mil espécies catalogadas. O bioma também é berço de grandes bacias hidrográficas brasileiras, como a do São Francisco.

Apesar da riqueza, o Cerrado está entre as regiões mais ameaçadas do país. De acordo com a Conservação Internacional-Brasil, restam hoje cerca de 45% de vegetação nativa de Cerrado.

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Organizações ambientalistas estão mobilizadas para convencer as lideranças partidárias da Câmara a votar, até o fim do ano, a PEC 115, conhecida como PEC do Cerrado.

A proposta de emenda constitucional reconhece o Cerrado e a Caatinga como patrimônios nacionais, assim como já o são a Floresta Amazônia, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal e a Zona Costeira.

Na última quarta-feira, uma caravana de entidades de defesa do Cerrado entregou ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, um documento com mais de 50 mil assinaturas favoráveis à aprovação da PEC, em tramitação há mais de 12 anos.

O bispo emérito de Goiás, Dom Thomaz Balduíno, estava no grupo. Ele explicou que a entrega do abaixo-assinado foi um ato simbólico e que o trabalho principal é fazer uma ampla mobilização para enfrentar as resistências à proposta, principalmente de representantes do agronegócio.

"Nós temos um problema desde o tempo da Constituinte. Nós não conseguimos a reforma agrária por causa de uma certa bancada. Eu acho que uma PEC como essa, ela tem a parte de mobilização, mas tem também a guerra contrária. E a correlação de forças aí qual vai ser? Eu acho que temos que fortalecer cada vez mais a opinião pública de todo o país, além dos 11 estados do cerrado, para que seja uma questão irrespondível, tem que fazer mesmo, não pode tergiversar"

O presidente da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Sarney Filho, do PV do Maranhão, avalia que as resistências à PEC se devem a um entendimento equivocado da medida.

"Nós acreditamos que essa proposta será vencedora, embora haja uma oposição dos setores ruralistas, principalmente aqueles segmentos que são ligados à pecuária e ao agronegócio, plantio de soja. Eles entendem equivocadamente que o fato de colocar o Cerrado e a Caatinga como patrimônio do Brasil na Constituição acarretaria empecilhos ao plantio dessas culturas. Não vai ocorrer isso, isso não ocorre automaticamente, isso não gera obrigações imediatas. É um equívoco. Isso apenas dá simbolicamente um status elevado ao Cerrado."

O Cerrado é considerada a mais rica entre as savanas do mundo, com mais de seis mil espécies catalogadas. O bioma também é berço de grandes bacias hidrográficas brasileiras, como a do São Francisco.

Apesar da riqueza, o Cerrado está entre as regiões mais ameaçadas do país. De acordo com a Conservação Internacional-Brasil, restam hoje cerca de 45% de vegetação nativa de Cerrado.