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Saiu no Jornal, Tapando o sol com a peneira?

Em tempos de eleição de um Barack Obama para a presidência dos EUA, achei interessante comentar sobre um livro publicado recentemente pela PubliFolha. O geneticista Sérgio Pena propõe em seu livro "Humanidade sem raças" que a humanidade "desinvente" o conceito de raça. Ele se baseia principalmente em resultados da moderna genética molecular, que até onde eu sei, está concluindo que não existe diferença genética significativa entre pessoas de raças diferentes. Em outras palavras, que eu já ouvi em algum outro lugar: existem tantas diferenças genéticas entre duas pessoas de raças diferentes quanto entre duas pessoas quaisquer. Uma das coisas que eu achei interessante nesse comentário (http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ult10037u451586.shtml) que a Folha de S. Paulo faz sobre o livro é essa descrição feita por um naturalista sueco lá pelos anos 1700: "O Homo sapiens europaeus é branco, sério e forte. O Homo sapiens asiaticus é amarelo, melancólico e avaro. O Homo sapiens afer é negro, impassível e preguiçoso. E o Homo sapiens americanus é vermelho, mal-humorado e violento." Eu achei fascinante perceber como até hoje essas descrições povoam o nosso imaginário a respeito das características de cada raça... Mas vamos com calma. Uma coisa é acreditar que as pessoas não devem ser discriminadas com base nas suas características físicas. Outra coisa bem diferente é negar que existam raças distintas. A gente pode mudar o nome da coisa, e chamar agora de etnia para ficar mais bonitinho, ou menos agressivo, talvez. Mas negar que existam grupos humanos que se diferenciam dos demais por alguns traços físicos é, na minha opinião, negar o óbvio. É o mesmo que negar que existem pessoas altas e pessoas baixas, pessoas magras e pessoas gordas, ou então negar que existem diferenças concretas entre homens e mulheres. Simplesmente não dá. Você olha para as pessoas e verifica o fato incontestável. É claro que isso não deve ser justificativa para atitudes racistas. Mas infelizmente, o mundo está muito mais cheio delas do que gostaria a nossa vã filosofia...

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Em tempos de eleição de um Barack Obama para a presidência dos EUA, achei interessante comentar sobre um livro publicado recentemente pela PubliFolha.
O geneticista Sérgio Pena propõe em seu livro "Humanidade sem raças" que a humanidade "desinvente" o conceito de raça. Ele se baseia principalmente em resultados da moderna genética molecular, que até onde eu sei, está concluindo que não existe diferença genética significativa entre pessoas de raças diferentes. Em outras palavras, que eu já ouvi em algum outro lugar: existem tantas diferenças genéticas entre duas pessoas de raças diferentes quanto entre duas pessoas quaisquer.
Uma das coisas que eu achei interessante nesse comentário (http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ult10037u451586.shtml) que a Folha de S. Paulo faz sobre o livro é essa descrição feita por um naturalista sueco lá pelos anos 1700:
"O Homo sapiens europaeus é branco, sério e forte. O Homo sapiens asiaticus é amarelo, melancólico e avaro. O Homo sapiens afer é negro, impassível e preguiçoso. E o Homo sapiens americanus é vermelho, mal-humorado e violento."
Eu achei fascinante perceber como até hoje essas descrições povoam o nosso imaginário a respeito das características de cada raça...
Mas vamos com calma. Uma coisa é acreditar que as pessoas não devem ser discriminadas com base nas suas características físicas. Outra coisa bem diferente é negar que existam raças distintas. A gente pode mudar o nome da coisa, e chamar agora de etnia para ficar mais bonitinho, ou menos agressivo, talvez. Mas negar que existam grupos humanos que se diferenciam dos demais por alguns traços físicos é, na minha opinião, negar o óbvio. É o mesmo que negar que existem pessoas altas e pessoas baixas, pessoas magras e pessoas gordas, ou então negar que existem diferenças concretas entre homens e mulheres. Simplesmente não dá. Você olha para as pessoas e verifica o fato incontestável.
É claro que isso não deve ser justificativa para atitudes racistas. Mas infelizmente, o mundo está muito mais cheio delas do que gostaria a nossa vã filosofia...