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Jill Bolte Taylor, www.ted.com,, 3- Jill Bolte Taylor, www.ted.com,

Mas depois flutuei imediatamente de volta para fora da consciência -- espaço ao qual eu afectivamente me refiro como La La Land. Mas era lindo ali. Imaginem o que seria estarem completamente desligados da voz do vosso cérebro que vos põe em contacto com o mundo externo.

E ali estava eu nesse espaço, e o meu trabalho -- e todo o stress relacionado com o meu trabalho -- tinha desaparecido. Eu sentia-me mais leve no meu corpo. E imaginem: todas as relações no mundo externo e todos os factores de stress relacionados com elas -- tinham desaparecido. E eu senti tranquilidade. E imaginem o que seria perder 37 anos de bagagem emocional! Oh! Senti euforia. Euforia. Foi lindo.

E mais uma vez, o meu hemisfério esquerdo volta a ficar online e diz, "Hey! Tens de prestar atenção." Temos de procurar ajuda." E eu pensei, "Tenho que procurar ajuda. Tenho que me concentrar" Por isso sai do chuveiro e mecanicamente vesti-me e andei pelo meu apartamento, a pensar, "Tenho que ir trabalhar. Tenho que ir trabalhar Será que consigo conduzir? Será que consigo conduzir?" E nesse momento o meu braço direito paralizou completamente. Então apercebi-me, "Minha nossa! Estou a ter um AVC! Estou a ter um AVC!" E o que o meu cérebro me disse a seguir foi, "Wow! Isto é tão fixe." (Risos) Isto é tão fixe! Quantos neurocientistas têm a oportunidade de estudar o seu cérebro de dentro para fora? (Risos) E depois passou-me pela cabeça: "Mas eu sou uma mulher muito ocupada!" (Risos) "Não tenho tempo para um AVC!" Por isso pensei, "Ok, não posso impedir o AVC de acontecer, portanto vou aguentar com isto uma semana ou duas e depois volto para a minha rotina. Ok. Portanto, tenho que pedir ajuda. Tenho que ligar para o trabalho." Eu não me conseguia lembrar do número, por isso lembrei-me que, no meu escritório, tinha um cartão com o meu número. Por isso fui até ao escritório, e peguei num maço de 25 cm de cartões.e E olhei para o cartão que estava em cima e apesar de conseguir ver claramente nos olhos da minha mente como é que o meu cartão era Não conseguia dizer se aquele era o meu cartão ou não porque tudo o que eu via eram pixéis. E os pixéis das palavras misturavam-se com os pixéis do fundo e com os pixéis dos símbolos, e eu não conseguia distinguir. E depois esperei por aquilo a que chamo "onda de clareza". E nesse momento, eu conseguiria reconectar-me com a realidade normal e dizer este não é o cartão...este não é o cartão...este não é o cartão. Levei 45 minutos para pôr de parte 2,5 cm daquele maço de cartões. Entretanto, nesses 45 minutos, a hemorragia tornava-se maior no meu hemisfério esquerdo. Não entendia números. Não entendia o telefone, mas era o único plano que tinha. Por isso peguei no telefone e pu-lo aqui. Peguei no cartão e pu-lo aqui, e tentei comparar a forma dos rabiscos do cartão com a forma dos rabiscos no teclado do telefone. Mas depois voltei para fora, para a La La Land, e quando voltei já não me conseguia lembrar se tinha marcado aqueles números. Por isso tive de dominar o meu braço paralizado como se fosse um coto para cobrir os números que já tinha marcado para que quando voltasse à realidade normal fosse capaz de dizer, "Sim, já marquei esse número." Eventualmente, o número inteiro é marcado e eu ouço o telefone e o meu colega atende e diz-me, "Woo woo woo woo." E eu penso para mim, "Minha nossa, ele parece um Golden Retriever!" E então disse-lhe -- claramente na minha mente, eu disse-lhe: "É a Jill! Preciso de ajuda!" E a minha voz resulta em "Woo woo woo woo." Eu pensei, "Minha nossa, eu pareço um Golden Retriver." Por isso eu não conseguia saber -- eu não o sabia eu não conseguia falar ou perceber a linguagem até ter tentado. Ele percebeu que eu precisava de ajuda e arranja-me ajuda.

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Mas depois flutuei imediatamente de volta para fora da consciência -- espaço ao qual eu afectivamente me refiro como La La Land. Mas era lindo ali. Imaginem o que seria estarem completamente desligados da voz do vosso cérebro que vos põe em contacto com o mundo externo.

E ali estava eu nesse espaço, e o meu trabalho -- e todo o stress relacionado com o meu trabalho -- tinha desaparecido. Eu sentia-me mais leve no meu corpo. E imaginem: todas as relações no mundo externo e todos os factores de stress relacionados com elas -- tinham desaparecido. E eu senti tranquilidade. E imaginem o que seria perder 37 anos de bagagem emocional! Oh! Senti euforia. Euforia. Foi lindo.

E mais uma vez, o meu hemisfério esquerdo volta a ficar online e diz, "Hey! Tens de prestar atenção." Temos de procurar ajuda." E eu pensei, "Tenho que procurar ajuda. Tenho que me concentrar" Por isso sai do chuveiro e mecanicamente vesti-me e andei pelo meu apartamento, a pensar, "Tenho que ir trabalhar. Tenho que ir trabalhar Será que consigo conduzir? Será que consigo conduzir?"
E nesse momento o meu braço direito paralizou completamente. Então apercebi-me, "Minha nossa! Estou a ter um AVC! Estou a ter um AVC!"
E o que o meu cérebro me disse a seguir foi, "Wow! Isto é tão fixe." (Risos) Isto é tão fixe! Quantos neurocientistas têm a oportunidade de estudar o seu cérebro de dentro para fora? (Risos)
E depois passou-me pela cabeça: "Mas eu sou uma mulher muito ocupada!" (Risos) "Não tenho tempo para um AVC!"

Por isso pensei, "Ok, não posso impedir o AVC de acontecer, portanto vou aguentar com isto uma semana ou duas e depois volto para a minha rotina. Ok. Portanto, tenho que pedir ajuda. Tenho que ligar para o trabalho." Eu não me conseguia lembrar do número, por isso lembrei-me que, no meu escritório, tinha um cartão com o meu número. Por isso fui até ao escritório, e peguei num maço de 25 cm de cartões.e E olhei para o cartão que estava em cima e apesar de conseguir ver claramente nos olhos da minha mente como é que o meu cartão era Não conseguia dizer se aquele era o meu cartão ou não porque tudo o que eu via eram pixéis. E os pixéis das palavras misturavam-se com os pixéis do fundo e com os pixéis dos símbolos, e eu não conseguia distinguir. E depois esperei por aquilo a que chamo "onda de clareza". E nesse momento, eu conseguiria reconectar-me com a realidade normal e dizer este não é o cartão...este não é o cartão...este não é o cartão. Levei 45 minutos para pôr de parte 2,5 cm daquele maço de cartões. Entretanto, nesses 45 minutos, a hemorragia tornava-se maior no meu hemisfério esquerdo. Não entendia números. Não entendia o telefone, mas era o único plano que tinha. Por isso peguei no telefone e pu-lo aqui. Peguei no cartão e pu-lo aqui, e tentei comparar a forma dos rabiscos do cartão com a forma dos rabiscos no teclado do telefone. Mas depois voltei para fora, para a La La Land, e quando voltei já não me conseguia lembrar se tinha marcado aqueles números. Por isso tive de dominar o meu braço paralizado como se fosse um coto para cobrir os números que já tinha marcado para que quando voltasse à realidade normal fosse capaz de dizer, "Sim, já marquei esse número."

Eventualmente, o número inteiro é marcado e eu ouço o telefone e o meu colega atende e diz-me, "Woo woo woo woo." E eu penso para mim, "Minha nossa, ele parece um Golden Retriever!"
E então disse-lhe -- claramente na minha mente, eu disse-lhe: "É a Jill! Preciso de ajuda!" E a minha voz resulta em "Woo woo woo woo." Eu pensei, "Minha nossa, eu pareço um Golden Retriver." Por isso eu não conseguia saber -- eu não o sabia eu não conseguia falar ou perceber a linguagem até ter tentado. Ele percebeu que eu precisava de ajuda e arranja-me ajuda.