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PortugueseLingQ, #19 Bernardo & Anita - Meeting at the Park

Anita – Olá Bernardo, o que é que fazes por aqui?

Bernardo – Olá Anita! Já não te via há imenso tempo. Aqui pelo parque? Estou à espera de um amigo meu, porque vamos ver Jason Mraz e, então, combinamos nos encontrar aqui no parque por volta das três, que era para não nos atrasarmos e apanharmos um bom lugar no concerto. Mas eu já não te vejo mesmo há imenso tempo. Tu ainda vives aqui no Porto?

Anita – Não e tu?

Bernardo – Por acaso, vivo, mas não vivo é em casa dos meus pais.

Anita – Ai não? Então para onde foste viver agora?

Bernardo – Agora vivo ali na zona de Ramalde, portanto comprei uma casa e estou a viver sozinho.

Anita – Ah! Interessante.

Bernardo – É, visto já tido que ingressar no mundo do trabalho. (Entretanto, a Anita ri-se e Bernardo responde). Teve que ser.

Anita – E trabalhas em quê, já agora?

Bernardo – Estou a fazer um projecto de investigação para o Google há cerca de dois anos. Além disso, ainda tenho um trabalho em full time para uma empresa do mercado financeiro. É trabalho de secretária, portanto passo muitas horas ao computador, posso dizer. Sou quase um “Nerd” como se diz na gíria. E tu, já estás a trabalhar?

Anita – Estou, estou.

Bernardo – Ai é? E o que estás a fazer?

Anita – Estou a fazer um trabalho de investigação nas escolas.

Bernardo – Em que ramo? Nas escolas? Então no âmbito da educação?

Anita – Exacto.

Bernardo – Mas escolas de que idade?

Anita – São escolas do 1º ciclo, que vai dos 6 aos 10 anos.

(Bernardo interrompe e coloca uma questão) Bernardo – Com miúdos pequeninos? Anita – Sim, sim.

Foi imposto umas novas actividades nas escolas, as chamadas actividades de enriquecimento curricular, em que as crianças têm um alargamento do horário, em que o projecto é chamado de “Escola a Tempo Inteiro”, acho que o nome já diz tudo. E as actividades são em diversas áreas, actividade física e desportiva, expressão dramática, expressão plástica, música, inglês. E eu estou a fazer um estudo para avaliar, por assim dizer, como estão a ser dinamizadas estas actividades, como é que estão a reagir as escolas, como é que estão a reagir as crianças, como é que estão a reagir os pais, enfim, toda a comunidade educativa.

Bernardo – Parece-me complexo, mas giro. E o trabalho é cá no Porto?

Anita – Não, não. A sede do trabalho é em Lisboa e, depois, o projecto é a nível nacional, porque foi encomendado, por assim dizer, pelo Ministério da Educação. E, então, ando por várias regiões do país de Norte a Sul, das diferentes Direcções Regionais de Educação, a Direcção Regional do Norte, do Sul, do Alentejo, Lisboa.

Bernardo – Então viajas pelo país todo, pode se dizer?

Anita – Sim, sim, pode-se dizer.

Bernardo – Ah! Então deve ser um trabalho interessante, apesar do colapso que existe na educação este ano. Vê-se muitos professores a protestarem contra as políticas desta Ministra da Educação, nem sei. E tu estás a fazer das políticas da Ministra da Educação ou elas não interferem, grandemente, contigo?

Anita – Comigo directamente não interferem. Agora se estou de acordo? Aí já não, porque acho que temos uma Ministra que deixou de pensar no papel da escola, enquanto meio de socialização das crianças e de formação primária das mesmas, a formação para a preparação para a vida, para passar a ser quase uma instituição familiar, em que as crianças passam grande tempo no espaço da escola, ou seja, vamos chegar a ter crianças que, após tantos anos na escola, a passarem oito horas diárias, vão se cansar da mesma, não é?

Bernardo – Pois, tens razão. Eu, também, não achei que tivesses de acordo. E, realmente, é inédito. Nunca vi cento e vinte mil professores, em Portugal que é tão pequeno, em que só temos dez milhões de habitantes, na rua a protestar contra uma Ministra da Educação. Isto, realmente, é algo inédito.

Anita – Sim, mas isso é outra questão. É uma questão relacionada mais com o estatuto, em que os professores estão a perder, um bocado, o seu poder nas escolas, em que, apesar de já se terem formado há trinta anos, têm que ser avaliados, há uma avaliação de desempenho, em que se forem avaliados por “baixo” podem correr grande risco de serem excluídos da escola. Portanto, como deves imaginar, isto não é fácil. A escola é um meio fechado e os professores, após trinta anos de serviço, a serem avaliados, é como se os estivessem a pôr à prova, não é? Ninguém gosta.

Bernardo – Pois, ninguém gosta. Já com muitos anos de serviço, com alguns já perto da reforma e agora com novas políticas é complicado. Mas olha, não te vou maçar mais com trabalho nem com estas coisas. Já não te vejo há imenso tempo. Olha, tu não queres ir connosco, vou agora com um amigo meu, agora à tarde, ver Jason Mraz, já temos bilhetes, secalhar pode ser que arranjes na bilheteira, mas tu queres ir ver connosco?

Anita – Eu gostava de ir convosco ver Jason.

Bernardo – Tu gostas de Jason?

Anita – Gosto, gosto. É um cantor que eu aprecio muito, apesar de ter tido sucesso mais este ano, mas adoro as músicas dele, ele começou com “I'm Yours”, depois agora há outras, mas gostava de ir ver, apesar que eu gostava de ir ver outros concertos e temos de pensar um bocado qual deles hei-de escolher. Bernardo – Pois, agora chega o Verão e chega o orçamento para ir ver os concertos e é complicado, porque nós temos tantos concertos em Portugal, tantos festivais e todos tão concentrados em um ou dois meses, o que faz ou que se junta dinheiro durante o ano todo para ir ver concertos nestes meses, ou é complicado ir vê-los todos, porque, desde o Ritual Tejo em Lisboa, ao Super Rock Super Bock, ou ao Sudoeste no Alentejo. Depois, cá no Norte, Vilar de Mouros com trinta anos de história, com Paredes de Coura. E, mesmo no Porto, com o Festival Marés Vivas, não sei se estás a par, é um festival que temos agora.

Anita – Sim, sim.

Bernardo – O Marés Vivas, também, é um festival de três dias, com vários concertos, olha que o Jason Mraz, também, volta cá novamente nesse festival.

Anita – Também, já houve, esteve cá uma cantora qualquer, agora não me recordo de quem em Lisboa, não foi? Há pouco tempo?

Bernardo – Foi, foi. Também, tivemos um concerto a semana passada, deves estar a falar da Beyonce, é?

Anita – Acho que sim.

Bernardo – Veio cá a Beyonce e depois vem cá a Kyle Minogue, que eu gostava, também, muito de ir. Mas penso, também, que pensando na distância e em mais cinquenta euros pelo bilhete seja um bocado, portanto, exagerado para um só concerto, apesar de ser inédito e ser a primeira vez que ela cá vem.

Anita – Sabes que, em Portugal, tudo o que for eventos culturais são sempre um bocado… (Bernardo interrompe) Bernardo – Sabes que a cultura é sempre um bocado, a cultura, infelizmente, não está ao nível dos ordenados nacionais. Mas, pronto, já voltamos nós, outra vez, ao trabalho e não pode ser, porque hoje é fim-de-semana e há que relaxar. E diz-me uma coisa, ao Marés Vivas estás a pensar ir ou não? Porque eu tenho uns amigos na organização, portanto, da organização faz parte a Arena de Matosinhos, que é uma empresa que organiza alguns eventos mais ligados aos desportos de combate, por isso é que eu os conheço e, portanto, arranjei uns bilhetes e, possivelmente, se tu quiseres ir, eu também te arranjo alguns.

Anita – Eu gostava de ir. Gostava.

Bernardo – Gostavas? Olha, vem Jason Mraz, vem Gabrielle Cilmi, depois tem um dia mais de metal , em que vem Prodigy, Metálica e outra banda, que agora não te sei dizer o nome. E, depois, tem um dia aberto a bandas portuguesas, onde vão estar os Xutos, os UHF, os GNR. Acho que é um festival engraçado, com três ou quatro anos, mas que está a dar as suas cartas e que se está, portanto, a entrar no panorama nacional de festivais de Verão e que está a ter todo o sucesso. Se quiseres ir, eu tenho todo o gosto de te arranjar um bilhete para esse festival, que realmente, visto fazer algum trabalho de organização, portanto, tenho essa hipótese.

Anita – Mas essa organização? Essa entidade que está a fazer a organização? Conheces?

Bernardo – A Arena de Matosinhos?

Anita – Sim. Conheces como? Nunca ouvi falar.

Bernardo – Porque a Arena de Matosinhos faz alguns eventos de desportos de combate e eu como sou grande fã, portanto, já assisto aos eventos deles há muitos anos, e como sou, também, praticante de Sanda, por isso, não sei se sabes o que é Sanda?

Anita – Não.

Bernardo – Sanda é kickboxing chinês, portanto, é a arte de combate do Kung-fu, como tínhamos algumas coisas em comum, criamos uma amizade e, pronto, estamos a trabalhar juntos. E, portanto, há algum trabalho de marketing e de publicidade que ele precisa da minha parte e eu faço, com muito gosto, para todos os eventos dele, ou seja, de desportos de combate e agora nesta aventura dele em festivais de Verão, também, estou cá para o ajudar. E, pronto, e é essa parte da organização e é assim que os conheço. E, já agora fazes algum desporto?

Anita – Não, não. Neste momento, não faço. Não tenho disponibilidade para. E tu?

Bernardo – Pois é. Mas olha, desporto deves sempre arranjar disponibilidade para o fazer, limpa a mente. Eu, além do Sanda, ainda faço Yôga.

Anita – São opostos, certo?

Bernardos – É. são completamente opostos.

Anita – E como é que geres essa situação de discrepância entre um desporto de combate, em que é agressivo e um desporto de meditação?

Bernardo – Essa pergunta fazem-me muitas vezes. Mas eu acho que não é essa a questão. Acho que é mesmo que é o simples facto de deixar o meu stress e as minhas energias negativas e no outro absorver as energias boas e a meditação, portanto que te faz andar mais calmo, penso (Anita interrompe, questionando Bernardo) Anita – Que se completam, certo? Bernardo – Acho que a razão de eu praticar os dois. Miguel? Olá Miguel, então estás bom?

Anita – É este o teu amigo?

Bernardo – É. Não sei, acompanhas-nos no concerto?

Anita – Acompanho, acompanho.

Bernardo – Então vamos lá.

Anita – Vamos, vamos.

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Anita – Olá Bernardo, o que é que fazes por aqui?

Bernardo – Olá Anita! Já não te via há imenso tempo. Aqui pelo parque? Estou à espera de um amigo meu, porque vamos ver Jason Mraz e, então, combinamos nos encontrar aqui no parque por volta das três, que era para não nos atrasarmos e apanharmos um bom lugar no concerto. Mas eu já não te vejo mesmo há imenso tempo. Tu ainda vives aqui no Porto?

Anita – Não e tu?

Bernardo – Por acaso, vivo, mas não vivo é em casa dos meus pais.

Anita – Ai não? Então para onde foste viver agora?

Bernardo – Agora vivo ali na zona de Ramalde, portanto comprei uma casa e estou a viver sozinho.

Anita – Ah! Interessante.

Bernardo – É, visto já tido que ingressar no mundo do trabalho. (Entretanto, a Anita ri-se e Bernardo responde). Teve que ser.

Anita – E trabalhas em quê, já agora?

Bernardo – Estou a fazer um projecto de investigação para o Google há cerca de dois anos. Além disso, ainda tenho um trabalho em full time para uma empresa do mercado financeiro. É trabalho de secretária, portanto passo muitas horas ao computador, posso dizer. Sou quase um “Nerd” como se diz na gíria. E tu, já estás a trabalhar?

Anita – Estou, estou.

Bernardo – Ai é? E o que estás a fazer?

Anita – Estou a fazer um trabalho de investigação nas escolas.

Bernardo – Em que ramo? Nas escolas? Então no âmbito da educação?

Anita – Exacto.

Bernardo – Mas escolas de que idade?

Anita – São escolas do 1º ciclo, que vai dos 6 aos 10 anos.

(Bernardo interrompe e coloca uma questão)

Bernardo – Com miúdos pequeninos?

Anita – Sim, sim. Foi imposto umas novas actividades nas escolas, as chamadas actividades de enriquecimento curricular, em que as crianças têm um alargamento do horário, em que o projecto é chamado de “Escola a Tempo Inteiro”, acho que o nome já diz tudo. E as actividades são em diversas áreas, actividade física e desportiva, expressão dramática, expressão plástica, música, inglês. E eu estou a fazer um estudo para avaliar, por assim dizer, como estão a ser dinamizadas estas actividades, como é que estão a reagir as escolas, como é que estão a reagir as crianças, como é que estão a reagir os pais, enfim, toda a comunidade educativa.

Bernardo – Parece-me complexo, mas giro. E o trabalho é cá no Porto?

Anita – Não, não. A sede do trabalho é em Lisboa e, depois, o projecto é a nível nacional, porque foi encomendado, por assim dizer, pelo Ministério da Educação. E, então, ando por várias regiões do país de Norte a Sul, das diferentes Direcções Regionais de Educação, a Direcção Regional do Norte, do Sul, do Alentejo, Lisboa.

Bernardo – Então viajas pelo país todo, pode se dizer?

Anita – Sim, sim, pode-se dizer.

Bernardo – Ah! Então deve ser um trabalho interessante, apesar do colapso que existe na educação este ano. Vê-se muitos professores a protestarem contra as políticas desta Ministra da Educação, nem sei. E tu estás a fazer das políticas da Ministra da Educação ou elas não interferem, grandemente, contigo?

Anita – Comigo directamente não interferem. Agora se estou de acordo? Aí já não, porque acho que temos uma Ministra que deixou de pensar no papel da escola, enquanto meio de socialização das crianças e de formação primária das mesmas, a formação para a preparação para a vida, para passar a ser quase uma instituição familiar, em que as crianças passam grande tempo no espaço da escola, ou seja, vamos chegar a ter crianças que, após tantos anos na escola, a passarem oito horas diárias, vão se cansar da mesma, não é?

Bernardo – Pois, tens razão. Eu, também, não achei que tivesses de acordo. E, realmente, é inédito. Nunca vi cento e vinte mil professores, em Portugal que é tão pequeno, em que só temos dez milhões de habitantes, na rua a protestar contra uma Ministra da Educação. Isto, realmente, é algo inédito.

Anita – Sim, mas isso é outra questão. É uma questão relacionada mais com o estatuto, em que os professores estão a perder, um bocado, o seu poder nas escolas, em que, apesar de já se terem formado há trinta anos, têm que ser avaliados, há uma avaliação de desempenho, em que se forem avaliados por “baixo” podem correr grande risco de serem excluídos da escola. Portanto, como deves imaginar, isto não é fácil. A escola é um meio fechado e os professores, após trinta anos de serviço, a serem avaliados, é como se os estivessem a pôr à prova, não é? Ninguém gosta.

Bernardo – Pois, ninguém gosta. Já com muitos anos de serviço, com alguns já perto da reforma e agora com novas políticas é complicado. Mas olha, não te vou maçar mais com trabalho nem com estas coisas. Já não te vejo há imenso tempo. Olha, tu não queres ir connosco, vou agora com um amigo meu, agora à tarde, ver Jason Mraz, já temos bilhetes, secalhar pode ser que arranjes na bilheteira, mas tu queres ir ver connosco?

Anita – Eu gostava de ir convosco ver Jason.

Bernardo – Tu gostas de Jason?

Anita – Gosto, gosto. É um cantor que eu aprecio muito, apesar de ter tido sucesso mais este ano, mas adoro as músicas dele, ele começou com “I'm Yours”, depois agora há outras, mas gostava de ir ver, apesar que eu gostava de ir ver outros concertos e temos de pensar um bocado qual deles hei-de escolher.

Bernardo – Pois, agora chega o Verão e chega o orçamento para ir ver os concertos e é complicado, porque nós temos tantos concertos em Portugal, tantos festivais e todos tão concentrados em um ou dois meses, o que faz ou que se junta dinheiro durante o ano todo para ir ver concertos nestes meses, ou é complicado ir vê-los todos, porque, desde o Ritual Tejo em Lisboa, ao Super Rock Super Bock, ou ao Sudoeste no Alentejo. Depois, cá no Norte, Vilar de Mouros com trinta anos de história, com Paredes de Coura. E, mesmo no Porto, com o Festival Marés Vivas, não sei se estás a par, é um festival que temos agora.

Anita – Sim, sim.

Bernardo – O Marés Vivas, também, é um festival de três dias, com vários concertos, olha que o Jason Mraz, também, volta cá novamente nesse festival.

Anita – Também, já houve, esteve cá uma cantora qualquer, agora não me recordo de quem em Lisboa, não foi? Há pouco tempo?

Bernardo – Foi, foi. Também, tivemos um concerto a semana passada, deves estar a falar da Beyonce, é?

Anita – Acho que sim.

Bernardo – Veio cá a Beyonce e depois vem cá a Kyle Minogue, que eu gostava, também, muito de ir. Mas penso, também, que pensando na distância e em mais cinquenta euros pelo bilhete seja um bocado, portanto, exagerado para um só concerto, apesar de ser inédito e ser a primeira vez que ela cá vem.

Anita – Sabes que, em Portugal, tudo o que for eventos culturais são sempre um bocado…

(Bernardo interrompe)

Bernardo – Sabes que a cultura é sempre um bocado, a cultura, infelizmente, não está ao nível dos ordenados nacionais. Mas, pronto, já voltamos nós, outra vez, ao trabalho e não pode ser, porque hoje é fim-de-semana e há que relaxar. E diz-me uma coisa, ao Marés Vivas estás a pensar ir ou não? Porque eu tenho uns amigos na organização, portanto, da organização faz parte a Arena de Matosinhos, que é uma empresa que organiza alguns eventos mais ligados aos desportos de combate, por isso é que eu os conheço e, portanto, arranjei uns bilhetes e, possivelmente, se tu quiseres ir, eu também te arranjo alguns.

Anita – Eu gostava de ir. Gostava.

Bernardo – Gostavas? Olha, vem Jason Mraz, vem Gabrielle Cilmi, depois tem um dia mais de metal , em que vem Prodigy, Metálica e outra banda, que agora não te sei dizer o nome. E, depois, tem um dia aberto a bandas portuguesas, onde vão estar os Xutos, os UHF, os GNR. Acho que é um festival engraçado, com três ou quatro anos, mas que está a dar as suas cartas e que se está, portanto, a entrar no panorama nacional de festivais de Verão e que está a ter todo o sucesso. Se quiseres ir, eu tenho todo o gosto de te arranjar um bilhete para esse festival, que realmente, visto fazer algum trabalho de organização, portanto, tenho essa hipótese.

Anita – Mas essa organização? Essa entidade que está a fazer a organização? Conheces?

Bernardo – A Arena de Matosinhos?

Anita – Sim. Conheces como? Nunca ouvi falar.

Bernardo – Porque a Arena de Matosinhos faz alguns eventos de desportos de combate e eu como sou grande fã, portanto, já assisto aos eventos deles há muitos anos, e como sou, também, praticante de Sanda, por isso, não sei se sabes o que é Sanda?

Anita – Não.

Bernardo – Sanda é kickboxing chinês, portanto, é a arte  de combate do Kung-fu, como tínhamos algumas coisas em comum, criamos uma amizade e, pronto, estamos a trabalhar juntos. E, portanto, há algum trabalho de marketing e de publicidade que ele precisa da minha parte e eu faço, com muito gosto, para todos os eventos dele, ou seja, de desportos de combate e agora nesta aventura dele em festivais de Verão, também, estou cá para o ajudar. E, pronto, e é essa parte da organização e é assim que os conheço. E, já agora fazes algum desporto?

Anita – Não, não. Neste momento, não faço. Não tenho disponibilidade para. E tu?

Bernardo – Pois é. Mas olha, desporto deves sempre arranjar disponibilidade para o fazer, limpa a mente. Eu, além do Sanda, ainda faço Yôga.

Anita – São opostos, certo?

Bernardos – É. são completamente opostos.

Anita – E como é que geres essa situação de discrepância entre um desporto de combate, em que é agressivo e um desporto de meditação?

Bernardo – Essa pergunta fazem-me muitas vezes. Mas eu acho que não é essa a questão. Acho que é mesmo que é o simples facto de deixar o meu stress e as minhas energias negativas e no outro absorver as energias boas e a meditação, portanto que te faz andar mais calmo, penso

(Anita interrompe, questionando Bernardo)

Anita – Que se completam, certo?

Bernardo – Acho que a razão de eu praticar os dois. Miguel? Olá Miguel, então estás bom?

Anita – É este o teu amigo?

Bernardo – É. Não sei, acompanhas-nos no concerto? 

Anita – Acompanho, acompanho.

Bernardo – Então vamos lá.

Anita – Vamos, vamos.